Cárcere

Se a literatura brasileira fosse organizada como uma biblioteca, a seção de obras de inspiração místico-esotérica no conteúdo e modernistas na forma seria lamentavelmente pequena, a lombada dos livros expostos ocupando menos espaço do que a etiqueta de identificação colada na prateleira. Uma nova edição de Cárcere alivia um pouco esse crime de lesa-literatura, o que é motivo de alegria. Porque o trabalho do meu conterrâneo Alex Sugamosto é, bem... uma peça de inspiração místico-esotérica no conteúdo e modernista na forma, ao mesmo tempo divertida e complexa. Cárcere recompensa todo tipo de leitor, na medida de suas ambições, leituras e referências. Pena que a peça é curta, e a lombada do livro, fininha. Que venham muitas outras. —  Diogo Rosas G. Escritor e tradutor